Ótimo conhecimento técnico associado ao inter-relacionamento humano e experiência profissional formam um grande tripé para o sucesso profissional na medicina.

Pelo menos, formavam…

O conhecimento técnico inicia no primeiro dia de aula no curso de medicina e só termina quando o médico decide se aposentar.

O inter-relacionamento humano, que alguns dizem se inicia ainda dentro do útero materno, certamente ganha força à medida que nos relacionamos com nossos pais e familiares. Depois com os primeiros amigos e conhecidos. Seguindo o aprendizado com nossos professores, com as pessoas mais experientes que nós, com nossos amores e desamores. E assim, vamos aprendendo a relacionarmo-nos – bem ou mal – com as pessoas.

Já a experiência profissional exige muito tempo de carreira para se consolidar, e assim como os outros dois componentes do tripé, nunca acaba por completo. Enquanto profissionais ativos estaremos adquirindo e somando experiências, e o tempo de profissão conta a nosso favor.

Em resumo; para sermos profissionais experientes, precisamos de tempo de carreira!

Aí começa o paradoxo…

As mídias sociais ganharam força exponencial nos últimos 10 anos e impactaram diretamente a formação midiática de pessoas que hoje estão na faixa de 25 a 35anos. Estes jovens adultos aprenderam o funcionamento e o relacionamento das mídias sociais de maneira natural e cotidiana ao longo destes anos – nada de errado nisto – sendo hoje mestres nestas artes.

Contudo, a maioria dos profissionais com muita bagagem profissional não participaram tão ativamente neste processo e têm grandes limitações ao utilizarem as mídias sociais como meio de divulgação do seu trabalho.

Então, observamos nas mídias sociais atuais muitos “superespecialistas” sem experiência profissional, ao passo que uma enorme gama de profissionais experientes está ausente delas, ou apenas começando a engatinhar nesta larga avenida que leva ao futuro.

Deixo as reflexões com vocês.

Até o próximo post.

@abdofarret (Instagram, YouTube e Tik Tok)