Dia nacional de combate ao tabagismo

Dia nacional de combate ao tabagismo

Dia nacional de combate ao tabagismo

Combate ao tabagismo
Dia nacional de combate ao tabagismo

Atualmente a população já tem suficiente esclarecimento para saber que o cigarro “faz mal”.
Mas exatamente como?
Vamos por partes. Podemos dividir os seus malefícios de forma didática e simplificada, em dois grupos; um sendo decorrente das toxinas aspiradas e outro dos efeitos das mesmas após a absorção no pulmão e sua presença na circulação. Ou seja, efeitos prejudiciais da “fumaça” e efeitos maléficos das “toxinas” absorvidas.
Decorrente do primeiro, estão as doenças do contato da fumaça com as vias respiratórias e digestivas alta, como os cânceres de boca, laringe, traqueia, brônquios e pulmão, além das doenças bronco pulmonares como os enfisemas.
O segundo grupo de doenças, corresponde as toxinas absorvidas. Neste grupo, se destacam as doenças do sistema urinário e circulatório. No sistema urinário, favorecem o aparecimento de determinados tipos de câncer, principalmente os de bexiga.
Dentro do sistema circulatório estão as doenças venosas e arteriais. Nas veias o cigarro tende a provocar trombose (obstrução) principalmente quando associado ao uso de hormônios femininos, como os anticoncepcionais e em situações mais específicas como em pós operatórios ou em pacientes acamados.
Nas artérias, as toxinas do cigarro provocam dois tipos de reação. Ou acelera o processo aterosclerótico levando aos estreitamentos (estenoses) e obstruções arteriais ou acarreta sua dilatação como os aneurismas da aorta abdominal.
Como as artérias estão presentes em todo o nosso corpo (e em todos os nossos órgãos) os efeitos dos estreitamentos e obstruções podem ocorrer em qualquer lugar, sendo os mais conhecidos pela população o acidente vascular isquêmico (AVCI) e o enfarte agudo do miocárdio (IAM).
O efeito sobre a parede da aorta abdominal é fundamental no desenvolvimento da doença aneurismática (aneurisma da aorta abdominal), uma doença potencialmente muito grave, com alta mortalidade, e, praticamente sem sintomas que acomete preferencialmente homens tabagistas com mais de 65 anos de idade.
Ao longo da minha carreira, tive vários pacientes que apresentaram alguma manifestação grave decorrente da ação do tabagismo e deixaram de fumar. Certamente esta atitude foi fundamental para suas sobrevivências. Pena que em quase todas uma sequela foi deixada pelo inimigo da circulação.
Para quem fuma, a melhor atitude é abandonar o tabagismo antes que os sintomas e as sequelas apareçam, ou seja, antes dum prejuízo corporal irremediável.

Dr. Abdo Farret Neto

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