Stents, o que são e para que servem?
Os stents são empregados em diversos tratamentos médicos, tendo se tornado uma palavra de uso muito frequente. Mas a final o que são os stents e quais são os seus principais usos?
Explicando de um modo bem simples, os stents são estruturas tubulares metálicas em forma de telas que podem ter comprimentos variados e diâmetros que oscilam de poucos milímetros como os utilizados nas artérias do coração (as coronárias) até vários centímetros como os utilizados na Aorta.
A principal utilização dos stents é servir como sustentação de uma parede tubular, – geralmente um vaso -, mas pode também ser utilizado em outras estruturas como a traqueia, esôfago, vias biliares e até nas vias urinárias.
De modo geral, os stents se dividem nos tipos expansíveis por balão e nos autoexpansíveis.
Os expansíveis por balão costumam ter uma força radial maior, sendo utilizados quando se precisa uma estrutura mais firme para impedir a parede de colabar. Sua principal desvantagem é que se forem comprimidos acima da sua força radial, podem ficar permanentemente deformados (achatados) perdendo a sua principal função que é de manter abertas as paredes das estruturas onde foram utilizados.
Já os autoexpansíveis, apresentam ótima flexibilidade e conformabilidade, podendo serem comprimidos à vontade que voltarão ao diâmetro inicial. Esta flexibilidade os torna ideais para implante em vasos em locais nos quais ocorrem movimentos (como articulações) mas tem a desvantagem de não sustentarem adequadamente as compressões externas colabando.
Ainda temos os stents sem revestimento na malha metálica (a grande maioria) e os stents revestidos por algum tipo de tecido.
Estes últimos são mais utilizados quando há necessidade de criar uma impermeabilidade entre o Stent e o vaso onde foi aplicado (como no tratamento de aneurismas, alguns tipos fístulas arterio-venosas).
O principal problema dos stents vasculares, é a trombose, já que são um “corpo estranho” dentro dos vasos.
Vários avanços têm ocorrido desde o início das suas utilizações, desde materiais cada vez melhores com cortes à Laser, polimentos químicos até a associação de drogas na fina malha metálica, com intuito de impedir os processos que podem evoluir para suas oclusões.
Para finalizar, uma curiosidade;
A palavra Stent tem origem num dentista inglês chamado Charles Stent que em 1856 inventou um material dentário para moldagem e suporte de crescimento de tecidos e melhora da cicatrização, sendo esta técnica empregada e divulgada por um cirurgião plástico holandês em 1916. Quando do surgimento dos primeiros stents na década de 1970, o nome Stent foi utilizado em homenagem ao dentista, tendo a palavra Stent se consolidado para designar estes materiais desde então.