Como desobstruir a Veia Ilíaca esquerda
Video mostrando um caso de desobstrução e implante de Stent de uma oclusão crônica de Veia Ilíaca Comum esquerda. É interessante observar que mesmo oclusões com mais de 10 anos de evolução, como neste caso, podem ser vencidas e desobstruídas. Outra particularidade é que mesmo em oclusões crônicas a parede da veia ainda costuma manter a complacência aceitando ser dilatada por angioplastia. O Ultrassom Intravascular é muito útil pois avalia com precisão os diâmetros venosos, a extensão da lesão, a distância precisa da confluência das ilíacas na veia Cava, a distância da Ilíaca Interna e o exato local da compressão extrínseca nos casos da Síndrome de May Thurner. O cruzamento da oclusão deverá ser realizado preferencialmente por fio guia hidrofílico com ponta reta ou levemente curva, guiado e suportado por cateter diagnóstico tipo multipurpose ou os de cruzamentos de oclusões. A região submetida ao tratamento deverá apresentar ao final do procedimento fluxo livre de contraste e o ultrassom intravascular não deverá evidenciar mais a presença de pontos de estenoses. Punção da veia Femoral direita é fundamental para realização de flebografias que ajudam na perfeita localização da confluência das ilíacas e consequentemente na correta liberação do Stent. O tipo e duração do tratamento anticoagulante / antiagregante ainda não é consenso e neste caso optamos pela Enoxiparina em dose plena por duas semanas seguido de Rivaroxabana também em dose plena (20mg/dia) por seis meses, após o que passaremos à antiagregação permanente. Finalizando, é bom lembrar que alguns pacientes com tromboses apresentam trombofilias primárias, e nestes casos a anticoagulação permanente provavelmente estará indicada. Aspectos não apresentados aqui ou dúvidas sobre o caso, podem ser discutidos em comentários.
Como desobstruir a Veia Ilíaca esquerda