O que é Pé Diabético? Quais são os principais sinais e sintomas?

O que é Pé Diabético

O que é Pé Diabético?

Quais são os principais sinais e sintomas?

O Pé Diabético (CID-10: E10.5 e E11.5) é uma síndrome (sinais e sintomas) que pode levar pequenas feridas a desfechos catastróficos como amputações.

Porém, com alguns cuidados preventivos e tratamentos simples, as amputações podem ser evitadas.

Vamos entender mais sobre esta síndrome e evitar suas complicações?

Tudo começa pelo diabetes mal controlado por um longo período.

A concentração de açúcar no sangue – glicose sanguínea – persistentemente elevada, leva a duas alterações importantes e indesejadas nos diabéticos; a neuropatia diabética e a vasculopatia diabética.

A neuropatia diabética ocorre principalmente devido às alterações na nutrição e metabolismo dos nervos sensitivos, levando a dormências, formigamentos e uma acentuada perda da capacidade de sentir toque e dor. Os nervos sensitivos mais longos são os mais afetados e os primeiros a apresentarem os efeitos da neuropatia diabética.

A vasculopatia diabética é um conjunto de alterações nas paredes das artérias de pequeno calibre, também decorrentes das alterações nutricionais e metabólicas devidas ao diabetes mal controlado que levam a suas obstruções com diminuição ou mesmo desaparecimento das pulsações. Abaixo dos joelhos, a principal artéria que nutre a perna se divide em três artérias, de calibres menores, sendo muito suscetíveis à vasculopatia diabética. A presença de pulso atrás dos joelhos com a ausência de pulsos nos pés é sinal de vasculopatia diabética avançada.

Ok, mas onde entra o nesta história?

Os nervos sensitivos mais longos são justamente os que inervam os pés, e a neuropatia diabética tem suas manifestações iniciais nos pés com diminuição da sensibilidade e da percepção da dor. Com estas alterações sensitivas o portador da neuropatia pode não perceber pequenos ferimentos ou mesmo infecções que estejam ocorrendo nos dedos ou na planta dos pés.

As artérias de calibre menores são justamente as que levam o sangue oxigenado e com nutrientes até os pés. Como a arteriopatia diabética é um processo de ocorrência lenta, o paciente costuma não perceber sua instalação.

Com a neuropatia e a vasculopatia instalada, tem-se o quadro perfeito para o Pé Diabético, ou seja, a falta de sensibilidade com a falta de circulação arterial (nutritiva). Este quadro leva o doente a não perceber o início da instalação de uma infeção, e está associado a dificuldade extrema (ou mesmo impossibilidade) se obter a cura da ferida sem que se restabeleça a circulação arterial para o pé.

Para não esquecer:  

  • Feridas / úlceras / infecções nos pés de pessoas diabéticas requerem uma avaliação rápida por um médico que possa avaliar se há pulsos presentes no pé afetado, que permitirão a sua cura.
  • Os diabéticos além de realizarem um controle rigoroso de suas taxas, devem diariamente inspecionar os pés (planta, dedos, espaços interdigitais e unhas) a procura de lesões iniciais como feridas, calos infectados, unhas encravadas e micoses interdigitais especialmente entre o 4º e 5º dedos, pois costumam ser os mais juntos e com maior umidade. Tão logo identifiquem a presença de alguma lesão, evitar tratamentos caseiros e procurar imediatamente o auxílio médico.
  • O objetivo do tratamento do pé diabético é promover a cura sem amputações e isso só será alcançado com a identificação e tratamento precoce.
  • Por fim, é bom lembrar que toda a amputação maior (de perna) proveniente de Pé Diabético, um dia foi uma pequena lesão passível de cura com danos mínimos.

Até o próximo post

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